Avô :'(

Ver o meu avô, naquela cama...sem forças, sem se mexer, sem falar...a tentar exprimir o que queria e o que sentia, mas sem que o compreendessem....foi doloroso, foi trespaçante...
Ver o meu avô...
Que sensação, vê-lo assim, e não poder fazer nada para que volte a ser como era, não poder fazer nada para o ajudar...
Nunca tive grande intimidade com ele, ele abraçava-me quando me encontrava, eu cumprimentava-o, mas sempre tive aquela sensação de não sei quê, de não estar muito à vontade, nem saber bem o que fazer...sempre tive mais contacto com a minha falecida avô do que com o meu avô. Avó é sempre avó, mas também há quem se dê muito bem com o avô. Não sei se seria por respeito, ou medo...não sei...
O que sei, é que hoje, ao vê-lo naquela cama de hospital, sem as capacidades de se mover, de falar, ou ate simplesmente sorrir, desfez-me o coração...não contive as lágrimas.
Vê-lo a olhar-me, sem me conseguir falar, e a ver-me a olhar para ele, foi horrivel...não saber o que estaria a pensar, ou a querer dizer...só o ver a olhar-me...
Eu só queria dizer "Gosto muito de ti avô" :'( Dei-lhe a mão inúmeras vezes, queria que ele sentisse como gosto dele...como quero que fique bom...queria ter capacidade para o curar...
Não imagino como deve ser doloroso, estar sem nos conseguirmos mexer, sem conseguirmos falar...
Ainda assim, ele quer fazer as coisas por ele próprio. Deu a entender que queria beber, mas não queria beber de seringa, queria o copo, depois, não queria que lhe dessemos, queria pegar no copo com a mão dele, conseguiu pedir para encher o copo, e bebeu pela sua propria mão, uma e outra vez... Quando falamos em cortar a barbar, conseguir expressar que era ele que a queria fazer...
Sinto que lá dentro ele tem capacidade para perceber bem o que se passa, só não está a conseguir transmitir, está paralisado pelo cérebro...e que como tal quer tentar...quer esforçar-se...não quer ir abaixo...
Imagino a situação, como se ele estivesse preso dentro de si, mas estive-se completamente consciente do que se está a passar, só nao conseguisse usar as capacidades de se mover, de falar e se exprimir...
Aguenta-te, e fica bom rápido avô :'(

sábado, 27 de fevereiro de 2010 à(s) 16:04 , 2 Comments

Shopping


Hoje espera-me uma tarde no shopping com a mãma...

Nada melhor que isso, para animar um bocadito uma alma deprimida, não??

Vamos lá ver se resulta...

sábado, 20 de fevereiro de 2010 à(s) 12:13 , 2 Comments

Farta

Porquê que eu não morro?? :'(

ja nao aguento mais...
Estou farta desta solidão :'(



Só queria deixar de ser tão cobarde, para ser capaz de fazer a única coisa que podia acabar com este sofrimento

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010 à(s) 01:31 , 1 Comment

What goes around comes around




What goes around come around


domingo, 7 de fevereiro de 2010 à(s) 02:21 , 0 Comments

Jewel- Foolish Games


You took your coat off and stood in the rain
You were always crazy like that
I watched from my window
Always felt I was outside looking in on you

You were always the mysterious one
With dark eyes and careless hair
You were fashionably sensitive, but too cool to care
Then you stood in my doorway, with nothing to say
Besides some comment on the weather

Well in case you failed to notice
In case you failed to see
This is my heart bleeding before you
This is me down on my knees

CHORUS
These foolish games are tearing me apart
Your thoughtless words are breaking my heart
You're breaking my heart

You were always brilliant in the morning
Smoking your cigarettes, talking over coffee
Your philosophies on art, Baroque moved you
You loved Mozart and you'd speak of your loved ones
As I clumsily strummed my guitar

You'd teach me of honest things
Things that were daring, things that were clean
Things that knew what an honest dollar did mean
So I hid my soiled hands behind my back
Somewhere along the line I must've gone off track with you
Excuse me, think I've mistaken you for somebody else
Somebody who gave a damn
Somebody more like myself

CHORUS

You took your coat off and stood in the rain
You were always crazy like that





à(s) 01:06 , 0 Comments

14/01/2010 (ataque de desespero)


Estou tão saturada desta solidão, parece que me corta por dentro.

Não podemos culpar as pessoas pela nossa desilusão, criei expectativas e desiludi-me, a culpa é minha. Os erros servem para aprendermos, mas será que é preciso doer tanto? Podia existir um livro, que a gente lesse e aprendesse, não fosse preciso bater com a cara na porta tanta vez.

Que me restou?

Estou na faculdade, sim, devia estar feliz? Estou a ter uma oportunidade que muitas pessoas queriam e não têm. Os meus pais estão a tentar dar-me um futuro melhor do que o deles. E eu? que faço eu? Não era minha obrigação torná-los orgulhosos? Que faço eu? Não consigo gostar do curso, não é isto que quero para mim. Não quero ver gente doente, todo o dia que sair para trabalhar. Não gosto da faculdade, não gosto das pessoas, não gosto do ambiente, não me sinto bem lá. Porquê? Será que um dia isto passa? Queria ter gosto pelo que faço.

Não sei de onde vem tanta tristeza, tanta desilusão, tanto desespero e mal-estar.

Não ter para onde ir, ou com quem estar, dói. Não ter com quem contar, dói. Saber que ninguém anseia pela nossa companhia, dói. Saber que podemos ser invisíveis, que a nossa dor pode até passar despercebida, dói. Não saber como a fazer desaparecer, dói. Não saber o que fazer...dói.

Anseio por um lugar. Anseio por pertencer a um lugar. Anseio por ter o meu lugar. Anseio por saber que um dia vou existir...será que algum dia este dia existirá?

Queria que houvesse um jeito de acabar com isto tudo. É esse o meu desejo. Que acabe o pesadelo.

Que me restou?

Que alguém me diga que restou algo bom. Que alguém me aponte o bom que pode existir. Que alguém aponte o bom que posso encontrar ao acordar todos os dias de manhã. Que alguém me dê a força, que deixei para trás.

Ao olhar para trás, sinto que a vida que levo agora, não é vida. Era adorada por todos que me rodeavam. Era feliz, era amiga, todas as minhas amigas queriam estar comigo, queriam conversar e desabafar comigo. Tinha sempre alguém do meu lado.
Ao olhar para trás, vem-me à lembrança a Sofia, uma pessoa com tantas razões para viver revoltada com a vida e sempre foi a primeira pessoa a estender a mão, a dar uma palavra de força e apoio, e a oferecer o seu sorriso. Onde está uma amizade como a dela? Uma pessoa como ela? É justo pedir para morrer, depois de ver o exemplo de vida e a garra dela?

Que me restou?

Porquê que estou neste abismo?

Implorar pela amizade de alguém, não é amizade. Então que significa? que desespero é este?

Afastei as pessoas da minha vida. Afastei as poucas pessoas que tinha para chamar de amigos. Julguei que tinha do meu lado a amizade mais valiosa. Julguei que tinha do meu lado a única pessoa que precisava. Não me importou o resto. Tudo valia a pena. E agora?

Que me restou?

E se perguntar a mim mesma o que NÃO restou?

Não me restaram amigos. Não me restou bem estar. Não me restou felicidade. Não me restou amor. Não me restou amizade. Não me restou a pessoa por quem dei a volta à minha vida. Não me restou lugar algum. Não me restou paz na alma. Não me restou nem a minha pessoa. Desapareci.

Que me restou afinal? Talvez já possa responder. Que me restou?

Restou-me....as lágrimas no rosto todos os dias (minhas fiéis companheiras). Restou-me, a dor do vazio. Restou-me um nada. Restou-me, a solidão.

Não quero que me acompanhe para sempre. Estou sufocada, perdida, sinto-me de mãos atadas, pior, não me sinto.

Sei que não é justo, para pessoas como a Sofia. Mas queria morrer.

Não quero esta solidão, isto não é mais vida. Quero morrer.

Não me quero.

sábado, 6 de fevereiro de 2010 à(s) 23:18 , 0 Comments

Vida

De que vale uma vida??

Quanto vale uma vida??

Que valor tem uma vida??

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010 à(s) 16:24 , 1 Comment